Maiores economistas do mundo dizem que Brasil será exemplo de desigualdade e destruição da Previdência

Previdência

Destaques Sindicais - 11/7/2019 14:35:25 » Por
Atualizado em 24/10/201911:6h

Para o economista Thomas Piketty, a reforma da Previdência, irá transformar o Brasil em um exemplo de desigualdade; “Como são trabalhadores em empregos precários, aumentar seu tempo de contribuição não significa combater privilégios, mas aumentar a desigualdade", diz em um artigo feito em co-autoria com os economistas Marc Morgan e Amory Gethin, além do brasileiro Pedro Paulo Zahluth Bastos.

“O Brasil discute uma reforma da Previdência que tende a aumentar desigualdades, embora sua propaganda aluda ao combate de privilégios”, diz o professor e economista francês Thomas Piketty, um dos mais respeitados em todo o mundo em seu campo de pesquisas, em um artigo feito em co-autoria com os economistas Marc Morgan e Amory Gethin, além do professor e pesquisador Pedro Paulo Zahluth Bastos, da Universidade de Campinas (Unicamp). 

 

No artigo sobre a reforma previdenciária, publicado no jornal Valor Econômico, os pesquisadores demonstram que o aumento da idade mínima para a aposentadoria, associada à precarização cada vez maior do mercado de trabalho, deverá deixar milhões de brasileiros sem acesso à Previdência. 

“Na prática, milhões não chegariam a se aposentar ou, com "sorte", seriam transferidos para a assistência social, mas suas contribuições não seriam nem devolvidas. Como são trabalhadores em empregos precários, aumentar seu tempo de contribuição não significa combater privilégios, mas aumentar a desigualdade. Significa retirar recursos de muitos trabalhadores pobres e vulneráveis que não conseguirão se aposentar”, dizem os autores. 

A ex-presidente Dilma Rousseff, deposta pelo golpe parlamentar de 2016, comentou o artigo em sua conta no Twiter. Segundo ela, o texto serve para mostrar que o “Brasil será exemplo mundial de como aniquilar um sistema solidário de previdência e aumentar a desigualdade”. 

Fonte: Brasil 247