Ação de porteiro foi fundamental em caso de agressão em condomínio no RN

Profissional percebeu a violência pelas câmeras e acionou a polícia, que chegou em menos de dez minutos

Destaques Sindicais - 4/8/2025 15:59:53 » Por
Atualizado em 8/4/202516:3h


Foto: Divulgação

 

Na manhã de 26 de julho, uma tragédia foi evitada graças à ação rápida do porteiro Manoel Anésio, de 60 anos, que acionou imediatamente a Polícia Militar ao testemunhar pelas câmeras de segurança um caso brutal de violência doméstica dentro do elevador em um condomínio de alto padrão em Ponta Negra, Natal/RN.


O ex-jogador de basquete, Igor Eduardo Pereira Cabral, desferiu impressionantes 61 socos no rosto da namorada, Juliana Garcia dos Santos Soares, que foi internada em estado grave. O agressor foi preso em flagrante com a chegada da polícia, que ocorreu em menos de 10 minutos após a intervenção decisiva do porteiro.


A atuação de Manoel Anésio escancarou uma verdade que muitos tentam ignorar: a presença humana faz diferença. Porteiros e trabalhadores de edifícios não estão ali apenas para abrir portões, eles são agentes da segurança, da convivência e da dignidade no ambiente condominial. São profissionais capacitados que conhecem os moradores, percebem comportamentos fora do comum e agem com empatia e responsabilidade.


Um desfecho muito pior poderia ter acontecido se, no lugar de Manoel, houvesse uma portaria virtual, que monitora dezenas de prédios ao mesmo tempo e precisa seguir protocolos frios e burocráticos antes de tomar qualquer atitude.


Nos últimos anos, temos assistido a uma onda de substituição de porteiros por sistemas de monitoramento à distância, com a justificativa de cortar custos, mas a realidade mostra que esse “barateamento” vem acompanhado de precarização do serviço e aumento exponencial da insegurança nos condomínios.


Que esse caso sirva de alerta: não se combate a violência com tecnologia fria, mas com humanidade, coragem e presença.